quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Em dias assim...

- Mãe, aquela comida ficou deliciosa, eu comi uma vez com o arroz, macarrão e aquele negocio que você fez.
- Depois comi com macarrão e aquele negocio.
- De novo, só o macarrão, então eu comi três vezes, nê!
- Ficou delicioso!
Olhando para mim com um sorriso nos lábios, refletidos nos olhos. Pulando no meu pescoço e me abrancando com a boca molhada e sobras do angu nos cantos da boca.
Soltei o ar que prendia em meus pulmões sem perceber. Com ele a me abracar e beijar minha face.
-Foi Deus que me ajudou a fazer!
Automaticamente olhou e exclamou, decepcionado.
- Há! eu queria ter visto Ele.
Sorri, e o abracei.
-Não, não é  assim, ele está o tempo todo conosco, ele está o tempo todo com você! Colocando a mão em seu peito.
- Comigo agora? onde?
- Não assim, ele mora em você, no seu coração, na sua cabeça, na sua respiração foi Deus que te criou assim.
Abracados e sorrindo.
-Você é uma criança muito abençoada!
- E você e uma mãe muito boa, gostei que Deus tenha me dado você como mãe, de ter nascido.
- E eu agradeço por Ele ter deixado você nascer e ser sua mãe.
-E também pelo papai e seu pai, tenho saudade dele!
- Eu também agradeço, e sabe porquê?
-Não!
- Porque ele me deu você para alegrar meu coração quando fico triste!
- E eu alegro mesmo!
E mais beijos e abraços apertados cheios de amor e ternura, é possível sentir o calor que tem o amor.
Ele sempre faz essas coisas espontâneas, abraçar, agradecer quando você não espera nada além do básico do convencional. Deixa - me sem barreiras. Diz tudo assim naturalmente, depois volta para o que estava fazendo.Busca ver Deus em Carne e Osso, fala naturalmente agradece, abraça sorrindo.
Percebo que apesar de todos os pesares, sinto aquele calor, e solto o ar, sentido - me embriagada por essa sensação de paz de acalento. O conforto de algo simples, uma comida singela, feita quase igual a sopa de pedra. O mundo parece outro sinto - me outra, por alguns minutos sinto a endorfina.


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